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1 Coríntios 6.12 – Explicação

ARCNVI
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada domine.
1 Coríntios 6.12 na versão Nova Versão Internacional e Almeida Revista e Corrigida

Explicação

Aparentemente, algumas igrejas têm citado e aplicado de forma equivocada as palavras “todas as coisas me são lícitas”.

Alguns cristãos em Corinto procuravam justificar os seus pecados dizendo que:

Cristo eliminou todos os pecados, e assim, eles tinham completa liberdade para viver como quisessem e que suas ações não estavam estritamente proibidas pelas Escrituras.

Paulo respondeu às duas desculpas: (1) o fato de Cristo ter tirado os nossos pecados não nos dá a liberdade para continuarmos fazendo o que sabemos ser errado. O NT proíbe especificamente muitos pecados (ver 6.9,10) que eram proibidos no AT (ver Rm 12.9-21; 13.8-10); (2) algumas ações não são pecaminosas em si, porém não são apropriadas porque podem controlar nossa vida e afastar-nos de Deus; e (3) algumas ações podem magoar as pessoas. Qualquer coisa que magoe em vez de ajudar os outros não é correta.

Muitas religiões no mundo ensinam que a alma e o espírito são importantes, mas que o corpo não; e o cristianismo é, às vezes, influenciado por essas ideias.

Na verdade, o cristianismo considera o aspecto físico de modo muito sério. Adoramos a um Deus que criou o mundo físico e o declarou como sendo bom.

Ele nos promete uma nova terra, onde as pessoas terão seu corpo transformado – não uma nuvem cor-de-rosa onde almas desencarnadas ouvirão a música de uma harpa.

No âmago do cristianismo, encontra-se a história do próprio Deus, que teve um corpo, carne e sangue. Ele veio viver conosco, oferecendo tanto a cura física como a restauração espiritual.

Nós, humanos como Adão, somos uma combinação de pó e espírito. Da mesma maneira que o nosso espírito afeta o nosso corpo, este afeta o nosso espírito. Não podemos cometer pecados com o nosso corpo sem prejudicar nossa alma, porque corpo e alma estão inseparavelmente unidos.

Na nova terra, teremos o corpo ressurreto, que não foi corrompido pelo pecado. Então apreciaremos a plenitude da nossa salvação.

A liberdade é uma marca da fé cristã – liberdade do pecado e da culpa, e liberdade de usar e apreciar qualquer coisa que venha de Deus. Mas os cristãos não devem abusar dela e afligir a si mesmos ou às outras pessoas.

Os excessos trazem sérias consequências. A glutonaria, por exemplo, leva à obesidade. Tenha cuidado para não transformar o que Deus lhe permitiu apreciar em um hábito ruim que passe a controlar a sua vida. Para mais informações a respeito da liberdade cristã e do comportamento cotidiano, leia o cap. 1 coríntios 8.

Bíblia de estudo Holman

Paulo cita um lema aparentemente usado pelos coríntios imaturos (Todas as coisas me são lícitas) para introduzir uma série de exortações que enfatizam um tema dominante da carta: a liberdade do crente deve se limitar àquilo que é proveitoso ao Senhor.

A resposta de Paulo a esse lema (v. 12) é que os cristãos de Corinto não pertencem a si mesmos: eles são “corpos” que pertencem ao Senhor (ver. 13.19-20; 1.2; 7.22-23; 10.26).

No mundo romano, “corpo” geralmente designava um escravo pertencente a um amo ou senhor.

Fazendo disso um jogo de palavras, Paulo afirma que o corpo (gr. somai não é para a prostituição. Ele é na verdade um “corpo servil” (gr. soma) para o Senhor (gr. kurias; “amo”).

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